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19 DE ABRIL DIA DOS POVOS INDÍGENAS
19 DE ABRIL DIA DOS POVOS INDÍGENAS

DIA DO ÍNDIO 

Censo 2022: A operação de coleta nas aldeias indígenas envolveu diversos ministérios

(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Povos originários são os verdadeiros brasileiros, donos de todos os estados brasileiros, é comemorado no Brasil o dia dos Povos Indígenas em 19 de abril, criado pelo presidente Getúlio Vargas em 1943, através do Decreto nº 5.540.

A data serve para mostrar a importância e valores culturais dos indígenas e a preservação e manutenção de seus territórios e crenças seculares. Essa data na verdade foi proposta por lideranças indígenas americanos que num Congresso Indígena Interamericano conseguiram impor a data 19 de Abril, e ainda criaram o Instituto Indigenista Interamericano.

Quando em 22 de abril de 1500 Pedro Alvares Cabral chegou ao território descoberto encontrou os povos originários. Em 24 de abril Pedro Alvares Cabral recebeu no seu navio um grupo de índios. No encontro descrito por Caminha o choque cultural ficou muito evidente, os indígenas ficaram muito curiosos com animais que não conheciam, contas de rosários, vinho e comidas.

Por Oscar Pereira da Silva - Obra do próprio, Domínio público

Os povos que habitavam o território que hoje se chama de Brasil, viviam Paleolítico para o Neolítico, pois praticavam uma agricultura rudimentar de milho e mandioca, e criavam animais como porco do mato e capivaras. E produziam bebidas alcoólicas fermentadas de cascas, raízes, tubérculos e frutas.

Quando da descoberta do Brasil três nações indígenas ocupavam o litoral do Espírito Santo até a foz do Rio São Francisco. Tupi, Tupinambás e Tupiniquins. Os Tupiniquins apoiaram de imediato os Portugueses e seus rivais os Tupinambás não.

A elevação da Cruz em Porto Seguro - Halley Pacheco de Oliveira

 

Índios tupinambás; gravura do século XVI

POVOS INDÍGENAS HOJE

O estado do Amazonas concentra a maioria dos indígenas do país, com 28,98% de população. Os dados são do Censo 2022 e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

BRASIL TEM 1,7 MILHÃO DE INDÍGENAS E MAIS DA METADE DELES VIVEM NA AMAZÔNIA LEGAL 

Em 2022, o número de indígenas residentes no Brasil era de 1.693.535 pessoas, o que representava 0,83% da população total do país. Em 2010, o IBGE contou 896.917 mil indígenas ou 0,47% do total de residentes no território nacional. Isso significa que esse contingente teve uma ampliação de 88,82% desde o Censo Demográfico anterior. Esse aumento expressivo pode ser explicado também por mudanças metodológicas.

A maior parte dos indígenas do país (51,25% ou 867,9 mil indígenas) vivia na Amazônia Legal, região formada pelos estados do Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão.

Os dois estados com maior número de pessoas indígenas, Amazonas (490,9 mil) e Bahia (229,1 mil), concentravam 42,51% do total dessa população no país.

A população indígena do país chegou a 1.693.535 pessoas em 2022, o que representa 0,83% do total de habitantes. Um pouco mais da metade (51,2%) estava concentrada na Amazônia Legal. Em 2010, quando foi realizado o Censo anterior, foram contados 896.917 indígenas no país. Isso equivale a um aumento de 88,82% em 12 anos, período em que esse contingente quase dobrou. O crescimento do total da população nesse mesmo período foi de 6,5%.

De acordo com a responsável pelo projeto de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta Antunes, o aumento do número de indígenas no período intercensitário é explicado majoritariamente pelas mudanças metodológicas feitas para melhorar a captação dessa população. “Só com os dados por sexo, idade e etnia e os quesitos de mortalidade, fecundidade e migração será possível compreender melhor a dimensão demográfica do aumento do total de pessoas indígenas entre 2010 e 2022, nos diferentes recortes. Além disso, existe o fato de termos ampliado a pergunta ‘você se considera indígena?’ para fora das terras indígenas. Em 2010, vimos que 15,3% da população que respondeu dentro das Terras Indígenas que era indígena vieram por esse quesito de declaração”, explica.

DADOS E FOTO IBGE

YANOMAMIS

Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, foram registradas 308 mortes entre os yanomami. O número é 10% menor do que os 343 óbitos registrados em 2022. Também de acordo com a Saúde, houve uma queda de 35% no número de crianças yanomami mortas por desnutrição em relação a 2022.

O território Yanomamis vive um verdadeiro palco de criminalidades como garimpo ilegal, ameças de mortes, violência sexual, desmatamento e outras ilegalidades. Entidades indigenistas e socioambientais denunciaram uma “tragédia humanitária” em curso na Terra Indígena Yanomami.

Em 2021, a região registrou quase 50% dos casos de malária do País e hoje existem cerca de 3 mil crianças com déficit nutricional, segundo Senra. “Hoje, a Terra Indígena Yanomami é palco de uma das maiores tragédias humanitárias que estão ocorrendo no Brasil. Os dois vetores principais dessa crise são o avanço do garimpo ilegal e a má gestão do distrito sanitário, que se entrelaçam e vão se realimentando”, disse.

Fonte: Agência Câmara de Notícias Reportagem - José Carlos Oliveira Edição - Ana Chalub

LUTAS E DESAFIOS 

Para além dos desafios territoriais, os povos indígenas enfrentam, atualmente, problemas com racismo, preconceito, violação aos direitos das mulheres indígenas, falta de acesso à saúde e serviços públicos, além da alimentação escassa e pobre em nutrientes.

Segundo o Conselho Indigenista Missionário a maior violência contra os povos indigenas é a destruição dos seus territórios.

Os povos indígenas do Brasil enfrentam um substancial aumento da grilagem, do roubo de madeira, do garimpo, das invasões e até mesmo da implantação de loteamentos em seus territórios tradicionais, explicitando que a disputa crescente por estas áreas atinge um nível preocupante, já que coloca em risco a própria sobrevivência de diversas comunidades indígenas no Brasil. É o que evidencia o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2018, sistematizado anualmente pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). 

POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – CIMI