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ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA
ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA

PARQUE NACIONAL DE FERNANDO DE NORONHA

O Arquipélago de Fernando de Noronha, distrito do Estado de Pernambuco, foi declarado Parque Nacional em 1988 e, em 2001, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural Mundial. Em diversos períodos políticos, Fernando de Noronha era o destino de presos políticos, como os ciganos (em 1739), os farroupilhas (em 1844) e os capoeiristas (em 1890). Em 1938, a ilha foi requisitada pela União para tornar-se oficialmente um presídio político. Atualmente, sua principal atividade econômica é o turismo.

O título de Patrimônio Natural Mundial deve-se à importância do arquipélago para a vida marinha: suas águas garantem a reprodução e a alimentação do atum, tubarão, tartaruga e mamíferos marinhos, e abriga a maior concentração de aves tropicais marinhas do Oceano Atlântico. Com uma área de 26 km2 é formado por 21 ilhas e ilhotas que surgiram do topo de uma cordilheira vulcânica, cuja base está a cerca de quatro mil metros de profundidade, no Oceano Atlântico. A ilha principal (única habitada) tem 17 km de extensão e nela está a Vila dos Remédios.

História de Um Paraíso no Oceano Atlântico

 

Os primeiros registros na história foram feitos em 1500, pelo cartógrafo espanhol Juan de la Cosa e, em 1502, pelo português Alberto Cantino. A descoberta do arquipélago, no entanto, deu-se em 10 de agosto de 1503, pelo navegador espanhol Américo Vespúcio, participante da II Expedição Exploradora da costa brasileira, comandada por Gonçalo Coelho e financiada pelo fidalgo português Fernão (ou Fernan) de Loronha, um cristão novo arrendatário de pau-brasil. Um ano depois, a ilha foi doada em forma de Capitania Hereditária ao financiador da expedição, que não a ocupou. Os primeiros a apossarem-se daquele pequeno paraíso em meio ao Atlântico foram os holandeses, em 1629, dando-lhe o nome de Pavônia, em homenagem ao arrendatário Michiel de Pavw.

Depois da expulsão dos holandeses, em 1654, o arquipélago ficou novamente abandonado até 1736, quando foi invadido pelos franceses e rebatizado de Isle Delphine, numa clara referência aos golfinhos lá existentes. Em 1737, por determinação dos portugueses, a Capitania de Pernambuco dominou a ilha, iniciando sua colonização e a construção de diversas fortificações. Com o conflito político da década de 1930, o Governo brasileiro requisitou o arquipélago para a implantação de presídio político, transformando-se depois em base avançada de guerra.

O arquipélago permaneceu inabitado por mais de dois séculos, recebendo abordagens passageiras de navegadores de várias nacionalidades. A região foi invadida por alemães, ingleses, franceses e holandeses. Estes últimos ocuparam as ilhas durante 25 anos, no século XVII. Da ocupação holandesa restou parte das muralhas da atual Fortaleza dos Remédios e os espaços dos experimentos agrícolas. Há registros de armazéns, moradias, entrepostos de mercadorias, curral, hortas, e uma pequena Congregação Reformada Calvinista. O nome vem do homem que financiou a expedição exploradora da costa brasileira comandada por Gonçalo Coelho, o arrendatário de pau-brasil Fernan de Loronha.

Mais tarde, no local dessa vila holandesa foi erguida a Vila dos Remédios, pelos portugueses. Após mais de dois séculos de abordagens e ocupações temporárias, Portugal resolveu reocupar e colonizar a ilha, em 1737. Considerando o perigo que representava para o Brasil a existência de um arquipélago estrategicamente localizado em meio à travessia do Atlântico, Portugal implantou um sistema de defesa, com dez fortificações estrategicamente posicionadas em todas as praias onde pudesse ocorrer desembarques: nove na ilha principal (a única habitada) e um na ilhota rochosa localizada diante do porto de Santo Antônio.

PALÁCIO DE SÃO MIGUEL

Patrimônio Natural Mundial

Entre as ilhas do Atlântico Sul tropical, Fernando de Noronha é a que abriga as maiores colônias reprodutivas de aves marinhas. Existe grande concentração delas no arquipélago, destacando-se a viuvinha grande, a trinta réis de manto negro e a viuvinha branca. Há também diversas espécies parentes dos pelicanos: mumbebo branco-grande, mumbebo marrom, mumbebo de patas vermelhas, catraia, rabo de junco de bico amarelo e bico-vermelho. Nas matas, vivem o sebito, o cucuruta e a arribação. As aves migratórias, em geral provenientes do hemisfério norte, chegam para descansar e se alimentar. São doze espécies de maçarico e batuíra, sendo a mais comum a vira-pedra.

Uma de suas maiores atrações do arquipélago é o espetáculo das dezenas de golfinhos nadando, assim como as praias, pontilhadas por recifes de coral formando piscinas naturais; as áreas sem recifes são ideais para a prática do surf. Na Baía de Santo Antônio encontram-se vestígios de um naufrágio, ponto muito procurado para o mergulho livre e de onde se pode descortinar uma das mais belas vistas das principais ilhas. A ilha possui inúmeras piscinas naturais que permitem o contato com a variada e exótica fauna marinha do arquipélago. Nas águas rasas, encontram-se os peixes coloridos, como donzela de rocas, sargentinho, coroca e moréias. Nas águas profundas, estão o frade, budião, ariquita, pirauna e o borboleta. No fundo do mar, vivem os cações, as arraias e o pacífico lambaru.  Os golfinhos da espécie Stenella longirostris, conhecidos como rotadores, podem ser observados em seu ambiente natural na Baía dos Golfinhos. Esse é o único lugar do Atlântico onde ocorre a concentração desses animais.

Importantes projetos ecológicos são desenvolvidos e normas rígidas de controle ambiental são seguidas, visando também a preservação do patrimônio histórico e arqueológico; a proteção das tartarugas marinhas que ali desovam - Projeto Tamar; o controle das aves marinhas e migratórias - Projeto Cemave; e o estudo e registro dos golfinhos - Projeto Golfinho Rotador.

No Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Parnamar), criado em 14 de setembro de 1988, algumas atividades são proibidas, como: caça e pesca submarina; introdução de animais e plantas; coleta de sementes, raízes, frutos, conchas, corais, pedras, e animais; alteração da vegetação local; visita as praias do Leão e do Sancho, no período de janeiro a junho, no horário das 18 às 6 horas; acampamentos e pernoites; mergulhos e parada de embarcações nas proximidades da Baía dos Golfinhos; visita a áreas públicas sem autorização; e escrita ou pichação em rochas, árvores ou placas.

Monumentos e Espaços Públicos Tombados

Fortaleza Nossa Senhora dos Remédios - Tombada pelo Iphan em 1961, é a maior fortificação de todo o sistema defensivo do século XVIII implantado pelos portugueses. Localizada sobre uma colina, entre o porto de Santo Antônio e a Praia do Cachorro, foi implantada a partir de uma ponte sobre o riacho Mulungu e uma estrada, que segue por todo o flanco da colina até suas muralhas. No local, havia um primitivo reduto holandês, erguido em 1629. Funcionou como presídio comum e político, e abrigou soldados durante a 2ª Guerra Mundial.

FORTALEZA NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS

Forte Santo Antônio - Construção iniciada em 1737, em forma de quadrilátero irregular. De acordo com a planta original, contava com 10 peças de artilharia para defesa da enseada de Santo Antônio, ancoradouro natural.

Forte São Pedro do Boldró - Não se conhece o ano exato em que foi erguido, tendo a forma de um trapézio. Possuía três baterias para defesa do trecho da costa chamada "mar-de-dentro", entre o Morro do Pico e o Morro dos Dois Irmãos.

FONTE: ENTRETENDO O UNIVERSO Obrigado!

Forte Nossa Senhora da Conceição - Construção iniciada em 1737, com planta quadrada, defendia a enseada da Praia do Meio e da Conceição. No final do século XIX, sobre as ruínas da fortificação, foi erguido um hospital.

Forte São João Batista dos Dois Irmãos - Fortificação erguida em meados do século XVIII, na forma de um trapézio, com artilharia para seis peças.

Forte São Joaquim do Sueste - Erguido no século XVIII, em forma de quadrado, possuía três baterias com seis peças para defesa da Baía do Sueste.

Forte São José - Construído entre os anos 1758 e 1761, para impedir o desembarque nas ilhas secundárias (Rasa, Rata, do Meio e Sela Gineta) e na Baía de Santo Antônio.

Reduto Sant'Ana - Fortificação construída em meados do século XVIII, foi desativada no final do mesmo século para se transformar em Quartel da Marinha. Uma rampa, descendo até a Praia do Cachorro, permitia que ela fosse utilizada como porto.

Casa Vizinha ao Memorial Noronhense e Casa de Banho de Fernando de Noronha - À margem do riacho Mulungu, cacimbas serviam à comunidade carcerária residente e, a partir de 1942, aos militares, que criaram uma espécie de lavanderia comunitária local. Existiu ainda, no século XIX, um banho público, com casa apropriada, destinado aos empregados do presídio.

FONTE: TEXTO IPHAN - FOTOS GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO 

IMAGENS DE MERGULHOS E PASSEIOS 

MAPA DA ILHA DE FERNANDO DE NORONHA 

AEROPORTO DE FERNANDO DE NORONHA